quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Hematopoese.


Hematopoese :
(também conhecida por hematopoese, hemopoese e hemopoiese), é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como célula hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell. As células-tronco, que no adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar todas as células e derivados celulares que circulam no sangue.


Formação

Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente 19° dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas até seis a sete meses de vida fetal, o  figado e o baço são os principais órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até cerca de duas semanas após o nascimento.
A medula óssea dos ossos chatos é o local mais importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados. As células em desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a partir daí, na circulação geral.
No período da lactação, toda a medula óssea é hematopoiética, mas durante a infância há substituição progressiva da medula por gordura nos ossos longos, de modo que a medula hematopoiética no adulto é confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do úmero. Mesmo nessas regiões hematopoiéticas, aproximadamente 50% da medula é de gordura. A medula óssea gordurosa é capaz de reverter para hematopoiese e, em muitas doenças, também há expansão da mesma nos ossos longos. Além disso, o fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoiético fetal (hematopoiese extramedular).
Tecido Hematopoiético
A hematopoiese é função do tecido hematopoiético, que aporta a celularidade e o microambiente tissular necessários para gerar os diferentes constituintes do sangue. No adulto, o tecido hematopoiético forma parte da medula óssea (medula vermelha) e é o local onde ocorre a hematopoiese normal.
O local onde ocorre a hematopoiese varia durante a ontogênese. Assim, observamos três fases sequenciais de locais hematopoiéticos:
1 - Fase mesoblástica: Fase inicial, no peduncúlo do tronco e saco vitelino. Ambas estruturas tem poucos mm. de longitude, ocorre na 2ª semana embrionária.
2 - Fase hepática: Na 6ª semana de vida embrionária.
3 - Fase mielóide: O baço e a medula óssea fetal
O tecido hematopoiético é o formador dos elementos figurados do sangue.
Órgãos hematopoiéticos
São os órgãos que produzem no processo da Hematopoiese os elementos do sangue: leucócitos, hemácias e plaquetas.
Esses órgãos são: medula óssea, linfonodos (gânglios linfáticos), baço e fígado.
 Leucócitos
Os leucócitos, ou glóbulos brancos são células nucleadas produzidas na medula óssea e encontradas no sangue, com formato esférico, tamanho e volume superiores às hemácias.
Sua função é proteger o organismo, de maneira imunitária, contra agentes patológicos causadores de doenças, utilizando para isso a produção de anticorpos.
Essa ação pode ser percebida através do aumento do tamanho de gânglios, sobretudo os localizados logo abaixo da pele, que revela a existência de infecções. O leucócito não é como as células normais do corpo, age como um organismo vivo independente e unicelular, com capacidade de locomoção e de capturar microrganismos por conta própria.
Em uma pessoa sadia o número oscila entre 5 e 11 mil leucócitos por ml de sangue, já em uma situação de resposta a processos infecciosos esta quantidade pode triplicar para poder atacar com eficácia os microrganismos invasores. A secreção amarelada (pus) que aparece em lesões nos tecidos, tem em sua composição uma grande massa de leucócitos juntamente a outros resíduos.
Isso acontece porque os leucócitos deixam a circulação sanguínea em direção ao tecido conjuntivo, que acompanha os capilares, atraídos por quimiotaxia até as substâncias químicas liberadas pelos microorganismos. Esse fenômeno é conhecido como diapese.
Classificação
Os leucócitos são classificados de acordo com a granulosidade do citoplasma e a quantidade de lóbulos nucleares. Sendo assim, são divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos.
Os granulócitos apresentam grânulos específicos em seu citoplasma e são classificados em três tipos, conforme a afinidade dos grânulos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Já os agranulóides podem ser monócitos e linfócitos.

Neutrófilos

São os mais numerosos,cerca de 55 a 65% do total de leucócitos. As células mais jovens são conhecidas por “neutrófilos em bastonete”, devido ao núcleo não segmentado em forma de bastonete. Já os neutrófilos mais velhos possuem o núcleo segmentado em lobos, em número que varia de dois a cinco, sendo denominados “neutrófilos segmentados”.
Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a primeira linha de defesa do organismo, já que são atraídos pela quimiotaxia até os microorganismos patogênicos, destruindo-os.

Eosinófilos

Com núcleo bilobado e com o citoplasma preenchido por muitos grânulos róseos. Móveis e fagocitários, atuam nos organismos envolvidos por reações alérgicas. Os eosinófilos liberam a hidrocortisona, um hormônio que diminui essas reações alérgicas
e a quantidade de eosinófilos no sangue.

Basófilos

Normalmente em pequeno número, cerca de 0,5% do total de leucócitos, possuem um núcleo irregular em forma de “S”. Os basófilos são móveis e fagocitários, possuem uma função desconhecida, que acredita-se ser a liberação da heparina no sangue, uma espécie de coagulante. Isso supostamente estaria ligado a processos alérgicos e inflamatórios.

Linfócitos

Possuem um núcleo regular e que ocupa quase todo o volume da célula. Ativamente móveis, circulam sempre através do sangue, pelos linfonodos, baço e tecido conjuntivo. Sua função é garantir imunidade aos organismos.
Os linfócitos são classificados em “T” e “B”. Os linfócitos T possuem um ciclo de vida maior, podendo chegar a anos, formando-se na medula óssea e migrando posteriormente até o timo. Os linfócitos B vivem menos, algumas semanas, e também são formados na medula óssea e, quando estimulados, migram para o tecido conjuntivo, convertendo-se em plasmócitos, produtores de anticorpos.
Os linfócitos são responsáveis pelas respostas de base celulares, relacionadas à rejeição de enxertos. Alguns linfócitos, em contato com um antígeno, passam a fazer parte das células de memória imunológica.

Monócitos

Células grandes com núcleo na forma de rim ou ferradura. Ativamente móveis, os monócitos saem da circulação sanguínea para chegar ao tecido conjuntivo, tornando-se macrófagos. São ativos na fagocitose de microorganismos patogênicos.








Hemácias

As hemácias, também chamadas de eritrócitos e glóbulos vermelhos, são células circulares responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo nosso corpo. Essas células apresentam a característica de serem anucleadas quando maduras. Após perderem seu núcleo, elas adquirem um formato bicôncavo, apresentando na porção central apenas uma camada fina.  Seu diâmetro é de aproximadamente sete micrômetros, mas podem aumentar de tamanho em pH sanguíneo baixo.
Em uma mulher, a concentração de hemácias é de aproximadamente 4.700.000 por milímetro cúbico, já em homens é de 5.400.000. Esses valores podem variar e muitas vezes estão relacionados com exercícios físicos e o estado emocional.
O processo de produção de hemácias, denominado eritropoiese, ocorre na medula óssea vermelha e é regulado pela eritropoietina, um hormônio produzido nos rins em indivíduos adultos. A hipóxia (baixa concentração de oxigênio) é uma grande estimuladora da produção desse hormônio. Em grandes altitudes, por exemplo, a eritropoietina é produzida em ampla quantidade, iniciando assim um aumento na produção de hemácias
A hemoglobina, proteína que dá cor ao sangue e atua no transporte do oxigênio, é encontrada dentro das hemácias e é sintetizada durante a eritropoiese. No homem, a principal hemoglobina encontrada é a hemoglobina A, que é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias chamadas de beta.
As hemácias são células que vivem em média 120 dias, depois disso são destruídas principalmente no baço. Esse órgão tem forma oval e está localizado na porção superior esquerda do abdome, abaixo do diafragma e atrás das costelas inferiores. 
Quando ocorrem decréscimo na síntese de hemácias, aumento na sua taxa de destruição, produção de hemácias deficientes, perda de sangue ou ainda uma redução na produção de hemoglobina, temos as anemias. Dentre os principais tipos de anemia, podemos citar a anemia falciforme, a anemia ferropriva e talassemias.
Plaquetas
Uma plaqueta sanguínea ou trombócito é um fragmento coroplasmatico anucleado, presente no sangue que é formado na medula óssea. A sua principal função é a formação de coágulos, participando portanto do processo de coagulação sanguínea.
Uma pessoa normal tem entre 150.000 e 400.000 plaquetas por milímetro cúbico de sangue. Sua diminuição ou disfunção pode levar a sangramentos, assim como seu aumento pode aumentar o risco de trombose.
Trombocitopenia (ou plaquetopenia) é a diminuição do número de plaquetas no sangue.
Trombocitose (ou plaquetose) é o aumento do número de plaquetas no sangue.
Estrutura
Os trombócitos também são conhecidos por produzir trombina. As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células da medula óssea). São anucleadas, isto é, desprovidas de núcleo (assim como as hemácias), medem de 1,5 - 3,0 micrômetros de diâmetro e circulam no sangue com o formato de disco achatado quando não estão estimuladas. Quando estimuladas, as plaquetas podem atuar na coagulação sangüínea das formas física(quando sua estrutura celular interage fisicamente com algumas fibras para fim de diminuição da hemorragia) e química(quando há liberação de fatores de coagulação, por exemplo).Ela é responsável pela coagulação do sangue.
As plaquetas contêm RNA, mitocôndria, um sistema canicular, e vários tipos de grânulos; lisossomas (contendo ácido hidrólico), corpos densos (contendo ADP, ATP, serotonina, histamina, e cálcio) e alfa grânulos (contendo fibrinogênio, fator V, vitronectina, trombospondina e fator de von Willebrand).

Produção

Plaquetas são fragmentos celulares citoplasmáticos oriundos de células chamadas megacariócitos. Os megacariocitos maduros, expostos a trombopoetina, estimulam a biogênese de membranas internas celulares denominadas Sistema de Demarcação de Membranas (SDM) que resultam na produção e liberação de plaquetas na corrente sanguínea. Porém, ainda não há um consenso com relação ao mecanismo pelo qual esse fenômeno ocorre. Nesse sentido, podemos citar três (3): fragmentação citoplasmática, brotamento e formação de pró-plaquetas
1 - Fragmentação Citoplasmática
No modelo de fragmentação, a biogênese de organelas para a formação de plaquetas se mantém restrita ao citoplasma, gerando um aumento exacerbado de volume. Assim, as plaquetas são formadas dentro desse complexo acúmulo de proteínas e membranas até atingir-se um limite onde há liberação massiva dessas plaquetas.
2 - Brotamento
A formação de plaquetas através de projeções com formato de brotos em megacariócitos (brotamento) ainda é questionada, visto que a formação dessas projeções é observada , mas não se encontrou nenhuma estrutura sub-celular nelas. Acredita-se que, ao formar o broto, essa estrutura se destaca do megacariócito e entra na corrente sanguínea na forma de plaqueta funcional.
3 - Formação de Pró-plaquetas
A formação de plaquetas por projeções em megacariócitos é muito semelhante a formação de pseudópodes. Durante o processo, essas projeções, denominadas pró-plaquetas, formados a partir de projeções de microtúbulos. Parte da membrana plasmática é projetada formando um compartimento citoplasmático que adquire estruturas subcelulares intermediárias às plaquetas e aos megacariócitos até o momento de maturação. Depois disso, a extremidade da pró-plaqueta se destaca e ela entra na corrente sanguínea.

Função

A principal função das plaquetas está relacionada à formação de coágulos, auxiliando de forma indireta na defesa do organismo. Na região de um ferimento, as plaquetas liberam a enzima tromboplastina-quinase, que desencadeia a coagulação. Sua ação no organismo varia de 9 a 10 dias, sendo após este período recolhidas e direcionadas ao baço, onde serão degeneradas.

Plasma

O plasma sanguíneo é componente líquido do sangue, no qual as células sanguíneas encontram-se suspensas. Apresenta coloração amarelada e corresponde a aproximadamente 55% do volume sanguíneo total.
No plasma sanguíneo são encontradas diversas substâncias, como: água (92%), proteínas (fibrinogênio, albumina e globulina), sódio (7%), gases, nutrientes, excretas, hormônios e enzimas. Este componente líquido também pode servir como reserva de proteínas do corpo. Também desempenha um papel importante na manutenção da pressão osmótica intravascular, mantendo os eletrólitos em equilíbrio, além de proteger o organismo contra infecções e outros distúrbios do sangue.
Ocorre um livre intercâmbio de vários componentes do plasma com o líquido intersticial, por meio dos poros presentes na membrana capilar. Habitualmente, em decorrência da dimensão das proteínas plasmáticas, estas não transpõem a membrana capilar, conservando-se no plasma. No entanto, outras moléculas dissolvidas no plasma e as moléculas de água presentes no mesmo, se difundem livremente. Esta saída de água do plasma por meio dos capilares é regulada pela pressão coloido-osmótica, bem como pelo estado de permeabilidade das membranas, sendo que a albumina representa uma das principais responsáveis pela manutenção dessa pressão.
Uma das técnicas mais simples para separar a parte líquida do sangue (plasma) da parte sólida, é através da centrifugação. O soro, obtido por meio da coagulação sanguínea, corresponde ao plasma sanguíneo sem os fatores de coagulação, como, por exemplo, a fibrina. Esta porção do sangue tipicamente é utilizada em testes sorológicos que visam pesquisas a presença de determinados anticorpos.

Realiza-se a coleta do plasma para posterior utilização em transfusão de sangue. Geralmente é armazenado como plasma fresco congelado, que pode ser guardado adequadamente por um determinado período após sua coleta. Neste, são encontrados todos os fatores de coagulação e proteínas observados em uma amostra original de sangue. Utiliza-se este componente no tratamento de coagulopatias de sobredoses de varfarina, doenças hepáticas, coagulopatia dilucional e púrpura trombocitopênica trombótica.



2 comentários:

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