Hematopoese :
(também conhecida por hematopoese, hemopoese e
hemopoiese), é o processo de formação, desenvolvimento e maturação dos
elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e plaquetas) a partir de
um precursor celular comum e indiferenciado conhecido como célula
hematopoiética pluripotente, célula-tronco ou stem-cell. As células-tronco, que
no adulto encontram-se na medula óssea, são as responsáveis por formar todas as
células e derivados celulares que circulam no sangue.
Formação
Nas primeiras semanas de gestação (aproximadamente
19° dia), o saco vitelino é o principal local de hematopoiese. De seis semanas
até seis a sete meses de vida fetal, o figado e o baço são os principais
órgãos envolvidos e continuam a produzir os elementos figurados do sangue até
cerca de duas semanas após o nascimento.
A medula óssea dos ossos chatos é o local mais
importante a partir de seis a sete meses de vida fetal e, durante a infância e
a vida adulta, é a única fonte de novos elementos figurados. As células em
desenvolvimento estão situadas fora dos seios da medula óssea, enquanto as
maduras são liberadas nos espaços sinusais e na microcirculação medular e, a
partir daí, na circulação geral.
No período da lactação, toda a medula óssea é
hematopoiética, mas durante a infância há substituição progressiva da medula
por gordura nos ossos longos, de modo que a medula hematopoiética no adulto é
confinada ao esqueleto central e às extremidades proximais do fêmur e do úmero.
Mesmo nessas regiões hematopoiéticas, aproximadamente 50% da medula é de
gordura. A medula óssea gordurosa é capaz de reverter para hematopoiese e, em
muitas doenças, também há expansão da mesma nos ossos longos. Além disso, o
fígado e o baço podem retomar seu papel hematopoiético fetal (hematopoiese
extramedular).
Tecido Hematopoiético
A hematopoiese é função do tecido hematopoiético,
que aporta a celularidade e o microambiente tissular necessários para gerar os
diferentes constituintes do sangue. No adulto, o tecido hematopoiético forma parte
da medula óssea (medula vermelha) e é o local onde ocorre a hematopoiese
normal.
O local onde ocorre a hematopoiese varia durante a
ontogênese. Assim, observamos três fases sequenciais de locais hematopoiéticos:
1 - Fase mesoblástica: Fase inicial, no peduncúlo
do tronco e saco vitelino. Ambas estruturas tem poucos mm. de longitude, ocorre
na 2ª semana embrionária.
2 - Fase hepática: Na 6ª semana de vida
embrionária.
3 - Fase mielóide: O baço e a medula óssea fetal
O tecido hematopoiético é o formador dos elementos
figurados do sangue.
Órgãos hematopoiéticos
São os órgãos que produzem no processo da
Hematopoiese os elementos do sangue: leucócitos, hemácias e plaquetas.
Esses órgãos são: medula óssea, linfonodos
(gânglios linfáticos), baço e fígado.
Leucócitos
Os leucócitos, ou glóbulos brancos são células
nucleadas produzidas na medula óssea e encontradas no sangue, com formato
esférico, tamanho e volume superiores às hemácias.
Sua função é proteger o organismo, de maneira
imunitária, contra agentes patológicos causadores de doenças, utilizando para
isso a produção de anticorpos.
Essa ação pode ser percebida através do aumento do
tamanho de gânglios, sobretudo os localizados logo abaixo da pele, que revela a
existência de infecções. O leucócito não é como as células normais do corpo,
age como um organismo vivo independente e unicelular, com capacidade de
locomoção e de capturar microrganismos por conta própria.
Em uma pessoa sadia o número oscila entre 5 e 11
mil leucócitos por ml de sangue, já em uma situação de resposta a processos
infecciosos esta quantidade pode triplicar para poder atacar com eficácia os
microrganismos invasores. A secreção amarelada (pus) que aparece em lesões nos
tecidos, tem em sua composição uma grande massa de leucócitos juntamente a
outros resíduos.
Isso acontece porque os leucócitos deixam a
circulação sanguínea em direção ao tecido conjuntivo, que acompanha os
capilares, atraídos por quimiotaxia até as substâncias químicas liberadas pelos
microorganismos. Esse fenômeno é conhecido como diapese.
Classificação
Os leucócitos são classificados de acordo com a
granulosidade do citoplasma e a quantidade de lóbulos nucleares. Sendo assim,
são divididos em dois grupos: granulócitos e agranulócitos.
Os granulócitos apresentam grânulos específicos em
seu citoplasma e são classificados em três tipos, conforme a afinidade dos
grânulos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Já os agranulóides podem ser
monócitos e linfócitos.
Neutrófilos
São os mais numerosos,cerca de 55 a 65% do total de
leucócitos. As células mais jovens são conhecidas por “neutrófilos em
bastonete”, devido ao núcleo não segmentado em forma de bastonete. Já os
neutrófilos mais velhos possuem o núcleo segmentado em lobos, em número que
varia de dois a cinco, sendo denominados “neutrófilos segmentados”.
Os neutrófilos são móveis e fagocitários. São a
primeira linha de defesa do organismo, já que são atraídos pela quimiotaxia até
os microorganismos patogênicos, destruindo-os.
Eosinófilos
Com núcleo bilobado e com o citoplasma preenchido
por muitos grânulos róseos. Móveis e fagocitários, atuam nos organismos
envolvidos por reações alérgicas. Os eosinófilos liberam a hidrocortisona, um
hormônio que diminui essas reações alérgicas
e a quantidade de eosinófilos no sangue.
Basófilos
Normalmente em pequeno número, cerca de 0,5% do
total de leucócitos, possuem um núcleo irregular em forma de “S”. Os basófilos
são móveis e fagocitários, possuem uma função desconhecida, que acredita-se ser
a liberação da heparina no sangue, uma espécie de coagulante. Isso supostamente
estaria ligado a processos alérgicos e inflamatórios.
Linfócitos
Possuem um núcleo regular e que ocupa quase todo o
volume da célula. Ativamente móveis, circulam sempre através do sangue, pelos
linfonodos, baço e tecido conjuntivo. Sua função é garantir imunidade aos
organismos.
Os linfócitos são classificados em “T” e “B”. Os
linfócitos T possuem um ciclo de vida maior, podendo chegar a anos, formando-se
na medula óssea e migrando posteriormente até o timo. Os linfócitos B vivem
menos, algumas semanas, e também são formados na medula óssea e, quando
estimulados, migram para o tecido conjuntivo, convertendo-se em plasmócitos,
produtores de anticorpos.
Os linfócitos são responsáveis pelas respostas de
base celulares, relacionadas à rejeição de enxertos. Alguns linfócitos, em
contato com um antígeno, passam a fazer parte das células de memória
imunológica.
Monócitos
Células grandes com núcleo na forma de rim ou
ferradura. Ativamente móveis, os monócitos saem da circulação sanguínea para
chegar ao tecido conjuntivo, tornando-se macrófagos. São ativos na fagocitose
de microorganismos patogênicos.
Hemácias
As hemácias, também chamadas de eritrócitos e
glóbulos vermelhos, são células circulares responsáveis pelo transporte de
oxigênio pelo nosso corpo. Essas células apresentam a característica de serem
anucleadas quando maduras. Após perderem seu núcleo, elas adquirem um formato
bicôncavo, apresentando na porção central apenas uma camada fina. Seu
diâmetro é de aproximadamente sete micrômetros, mas podem aumentar de tamanho
em pH sanguíneo baixo.
Em uma mulher, a concentração de hemácias é de
aproximadamente 4.700.000 por milímetro cúbico, já em homens é de 5.400.000.
Esses valores podem variar e muitas vezes estão relacionados com exercícios
físicos e o estado emocional.
O processo de produção de hemácias, denominado
eritropoiese, ocorre na medula óssea vermelha e é regulado pela eritropoietina,
um hormônio produzido nos rins em indivíduos adultos. A hipóxia (baixa
concentração de oxigênio) é uma grande estimuladora da produção desse hormônio.
Em grandes altitudes, por exemplo, a eritropoietina é produzida em ampla
quantidade, iniciando assim um aumento na produção de hemácias
A hemoglobina, proteína que dá cor ao sangue e atua
no transporte do oxigênio, é encontrada dentro das hemácias e é sintetizada
durante a eritropoiese. No homem, a principal hemoglobina encontrada é a
hemoglobina A, que é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias chamadas de
beta.
As hemácias são células que vivem em média 120
dias, depois disso são destruídas principalmente no baço. Esse órgão tem forma
oval e está localizado na porção superior esquerda do abdome, abaixo do
diafragma e atrás das costelas inferiores.
Quando ocorrem decréscimo na síntese de hemácias,
aumento na sua taxa de destruição, produção de hemácias deficientes, perda de
sangue ou ainda uma redução na produção de hemoglobina, temos as anemias.
Dentre os principais tipos de anemia, podemos citar a anemia falciforme, a
anemia ferropriva e talassemias.
Plaquetas
Uma plaqueta sanguínea ou trombócito é um fragmento
coroplasmatico anucleado, presente no sangue que é formado na medula óssea. A
sua principal função é a formação de coágulos, participando portanto do
processo de coagulação sanguínea.
Uma pessoa normal tem entre 150.000 e 400.000
plaquetas por milímetro cúbico de sangue. Sua diminuição ou disfunção pode
levar a sangramentos, assim como seu aumento pode aumentar o risco de trombose.
Trombocitopenia (ou plaquetopenia) é a diminuição
do número de plaquetas no sangue.
Trombocitose (ou plaquetose) é o aumento do número
de plaquetas no sangue.
Estrutura
Os trombócitos também são conhecidos por produzir
trombina. As plaquetas são fragmentos de megacariócitos (células da medula
óssea). São anucleadas, isto é, desprovidas de núcleo (assim como as hemácias),
medem de 1,5 - 3,0 micrômetros de diâmetro e circulam no sangue com o formato
de disco achatado quando não estão estimuladas. Quando estimuladas, as
plaquetas podem atuar na coagulação sangüínea das formas física(quando sua
estrutura celular interage fisicamente com algumas fibras para fim de
diminuição da hemorragia) e química(quando há liberação de fatores de
coagulação, por exemplo).Ela é responsável pela coagulação do sangue.
As plaquetas contêm RNA, mitocôndria, um sistema
canicular, e vários tipos de grânulos; lisossomas (contendo ácido hidrólico),
corpos densos (contendo ADP, ATP, serotonina, histamina, e cálcio) e alfa
grânulos (contendo fibrinogênio, fator V, vitronectina, trombospondina e fator
de von Willebrand).
Produção
Plaquetas são fragmentos celulares citoplasmáticos
oriundos de células chamadas megacariócitos. Os megacariocitos maduros,
expostos a trombopoetina, estimulam a biogênese de membranas internas celulares
denominadas Sistema de Demarcação de Membranas (SDM) que resultam na produção e
liberação de plaquetas na corrente sanguínea. Porém, ainda não há um consenso
com relação ao mecanismo pelo qual esse fenômeno ocorre. Nesse sentido, podemos
citar três (3): fragmentação citoplasmática, brotamento e formação de
pró-plaquetas
1 - Fragmentação Citoplasmática
No modelo de fragmentação, a biogênese de organelas
para a formação de plaquetas se mantém restrita ao citoplasma, gerando um
aumento exacerbado de volume. Assim, as plaquetas são formadas dentro desse
complexo acúmulo de proteínas e membranas até atingir-se um limite onde há
liberação massiva dessas plaquetas.
2 - Brotamento
A formação de plaquetas através de projeções com
formato de brotos em megacariócitos (brotamento) ainda é questionada, visto que
a formação dessas projeções é observada , mas não se encontrou nenhuma
estrutura sub-celular nelas. Acredita-se que, ao formar o broto, essa estrutura
se destaca do megacariócito e entra na corrente sanguínea na forma de plaqueta
funcional.
3 - Formação de Pró-plaquetas
A formação de plaquetas por projeções em
megacariócitos é muito semelhante a formação de pseudópodes. Durante o
processo, essas projeções, denominadas pró-plaquetas, formados a partir de
projeções de microtúbulos. Parte da membrana plasmática é projetada formando um
compartimento citoplasmático que adquire estruturas subcelulares intermediárias
às plaquetas e aos megacariócitos até o momento de maturação. Depois disso, a
extremidade da pró-plaqueta se destaca e ela entra na corrente sanguínea.
Função
A principal função das plaquetas está relacionada à
formação de coágulos, auxiliando de forma indireta na defesa do organismo. Na
região de um ferimento, as plaquetas liberam a enzima tromboplastina-quinase,
que desencadeia a coagulação. Sua ação no organismo varia de 9 a 10 dias, sendo
após este período recolhidas e direcionadas ao baço, onde serão degeneradas.
Plasma
O plasma sanguíneo é componente líquido do sangue,
no qual as células sanguíneas encontram-se suspensas. Apresenta coloração
amarelada e corresponde a aproximadamente 55% do volume sanguíneo total.
No plasma sanguíneo são encontradas diversas
substâncias, como: água (92%), proteínas (fibrinogênio, albumina e globulina),
sódio (7%), gases, nutrientes, excretas, hormônios e enzimas. Este componente
líquido também pode servir como reserva de proteínas do corpo. Também desempenha
um papel importante na manutenção da pressão osmótica intravascular, mantendo
os eletrólitos em equilíbrio, além de proteger o organismo contra infecções e
outros distúrbios do sangue.
Ocorre um livre intercâmbio de vários componentes
do plasma com o líquido intersticial, por meio dos poros presentes na membrana
capilar. Habitualmente, em decorrência da dimensão das proteínas plasmáticas,
estas não transpõem a membrana capilar, conservando-se no plasma. No entanto,
outras moléculas dissolvidas no plasma e as moléculas de água presentes no
mesmo, se difundem livremente. Esta saída de água do plasma por meio dos
capilares é regulada pela pressão coloido-osmótica, bem como pelo estado de
permeabilidade das membranas, sendo que a albumina representa uma das
principais responsáveis pela manutenção dessa pressão.
Uma das técnicas mais simples para separar a parte
líquida do sangue (plasma) da parte sólida, é através da centrifugação. O soro,
obtido por meio da coagulação sanguínea, corresponde ao plasma sanguíneo sem os
fatores de coagulação, como, por exemplo, a fibrina. Esta porção do sangue
tipicamente é utilizada em testes sorológicos que visam pesquisas a presença de
determinados anticorpos.
Realiza-se a coleta do plasma para posterior
utilização em transfusão de sangue. Geralmente é armazenado como plasma fresco
congelado, que pode ser guardado adequadamente por um determinado período após
sua coleta. Neste, são encontrados todos os fatores de coagulação e proteínas
observados em uma amostra original de sangue. Utiliza-se este componente no
tratamento de coagulopatias de sobredoses de varfarina, doenças hepáticas,
coagulopatia dilucional e púrpura trombocitopênica trombótica.
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